não consigo parar de ter satisfação

quarta-feira, novembro 09, 2005

Bola no cesto

Alguém já foi a um jogo de básquetebol em Portugal? Eu já. De resto, de 2 em 2 semanas tenho que trabalhar como funcionário num jogo de básquete lá no pavilhão da Universidade e há algumas coisas que não percebo...Para começar, uma crítica (sim, críticas é comigo, perguntem à minha madrinha) aos equipamentos: existem 3 conjuntos de objectos sem os quais o jogo não se pode realizar. Eles são: 2 prismas triângulares de madeira, ocos e sem bases de côr vermelha (eu não sei se a ordem dos adjectivos está correcta, foi há muito tempo que dei isso em Português), 5 placas de madeira numeradas de 1 a 5 e uma haste de ferro também vermelha, com uma base redonda e uma seta na ponta. Excentricidades, tudo bem, mas o pior é o jogo não começa mesmo sem que estes objectos estejam na mesa dos árbitros. As placas de madeira numeradas até entendo, já que estas servem para assinalar as faltas dos jogadores, mas uma porcaria de uma seta de ferro e 2 prismas ocos?? Para que raio servirão?Um dia destes, num jogo lá no pavilhão, não se sabia onde estava a seta de ferro e os árbitros já começavam: "Ahh! Isto não pode ser...", "assim o jogo não se pode realizar..." e outras expressões semelhantes. Mas não há nada num inventário de um pavilhão desportivo que substitua uma porcaria de uma chapa vermelha com uma seta na ponta? O que vale é que depois encontrou-se a seta perdida e lá os árbitros respiraram de alívio, tendo-se realizado o jogo normalmente. Mas tenho mais a dizer. Monta-se o equipamento todo necessário à relização do jogo (incluíndo os objectos estranhos referidos acima), começam a entrar as pessoas para assistir ao jogo e...é sagrado, entram sempre um par de velhas, já conhecidas por mim e por uma boa parte dos "assistentes habituais", cuja função durante o jogo parece ser berrar sempre que as outras pessoas estão caladas. Para além disso, essas senhoras dirigem-se pessoalmente aos jogadores da equipa da casa...enquanto estes estão a jogar, sempre que têm a bola. Por exemplo: "Força, João", "Anda lá, Amadeu" (João e Amadeu são nomes fictícios e apenas exemplificativos). O resto do público vai-se rindo com a palhaçada, e apoiando a equipa normalmente...Se calhar o mundo do Básquetebol é como o mundodisco, pertence a outro universo...